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JOÃO CATALÃO
17
ANO
Período: 24/04 - 29/04
Apresentação: 29 Abrilo às 17:30
Local: Biblioteca Pública de Braga
2017
João Foldenfjord
João Acciaiuoli Catalão [João Foldenfjord] é artista, curador e programador cultural. Nasceu em Coimbra em 1961 e é licenciado em Gestão de Empresas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde frequentou ainda a licenciatura em Biologia e a Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Viveu no Lobito e trabalhou na área de Estudos de Mercado no Brasil, Londres e Lisboa. Iniciou um projecto artístico pessoal a partir do Museu dos Biscainhos quando regressou a Braga em 2001. Organiza e participa desde então em diversos projectos artísticos e culturais. Colaborou, entre outros, com as Ideias Emergentes no Porto, Universidade do Minho, Galeria Show me, Civitas Braga, Centésima Página, Sindicato de Poesia, Esad, GNRation, Mapa Use It Braga e Escola de Dança Arte Total. Faz parte da direcção artística da Guelra – Laboratório de Transcriação Coreográfica. Foi entre Dezembro de 2009 e Setembro de 2012 programador e designer da Clarabóia – Agenda Cultural da Casa do Professor. O seu percurso e acervo artísticos, com múltiplos conceitos e interligações narrativas e ênfase nas dimensões éticas, poéticas e coreográficas, constitui no presente a base de desenvolvimento do projecto Escola de Navios – Lindves Homing Museum.
A Guelra – Laboratório de Transcriação Coreográfica, é um laboratório transdisciplinar desenvolvido pela Arte Total desde 2012. Funciona como residência artística que culmina com uma apresentação pública final. O projecto é apoiado pelo Ministério da Cultura, através do programa de apoio quadrienal da DGArtes à estrutura Arte Total. Esta edição realiza-se na Galeria do Salão Medieval na Largo do Paço em parceria com o Conselho Cultural da Universidade do Minho
GUELRA
JOÃO CATALÃO
Produção ARTE TOTAL
Realização João Catalão & Play Bleu
Narração e Preformance João Catalão
Edição e Montagem Play Bleu & João Catalão
Interpretes Guelra Gabriela Barros & David Ramalho
Música Carlos Fortes
Gravação de Voz Márcio Décio
Direcção Artística Cristina Mendanha
Agradecimentos Museu dos Biscainhos | Conselho Cultural da Universidade do Minho | Mosteiro de São Martinho de Tibães | Biblioteca Pública de Braga | Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa | Museu Nogueira da Silva | Livraria Centésima Página | GNRation | Casa do Professor
Portugal - Braga 2017
No conjunto de edifícios de diferentes épocas que compõem o antigo Paço Arquiepiscopal funcionam actualmente, além da Reitoria e de alguns serviços da Universidade, a Biblioteca Pública e o Arquivo Distrital de Braga. É um lugar complexo de memória e entrelaçamento. A acumulação de sedimentos colectivos e históricos constitui um campo privilegiado de ressurgência da cidade. Dos seus ritmos, projecções e interligações invisíveis no passado e no presente. Os invisíveis são vozes que dançam. Nos anos cinquenta o Diário do Minho editava uma coluna denominada “movimento de navios”. No dia 29 de abril de 1950 o jornal exibia na capa a fotografia do basquetebolista americano de origem croata George Mikan com a mulher e o filho recém-nascido. Encontrei a imagem tipográfica original no jardim da livraria Centésima Página. O mesmo jornal noticiou em 1950 que um navio norueguês tinha embarcado em Lisboa 3 milhões de pés de oliveiras para o México. Em 1993 a Biblioteca Pública organizou um ciclo de conferências sobre arqueologia a que chamou “do fundo dos mares ao alto das montanhas”. É essa dimensão poética da respiração e do movimento que esta guelra muito subjectivamente retoma. Do alto das montanhas ao fundo dos mares. A inversão de sentido tem um significado de retorno. A luz emitida pelos objectos que se aproximam sofre um desvio para o azul. A luz emitida pelos objectos que se afastam sofre um desvio para o vermelho. O azul foi a cor das anilhas dos pombos-correios no ano passado. O vermelho é a cor das anilhas este ano. “O livro dos olhos e das águas” é um livro de baptismo imaginário. Invoco aqui um livro imaginário para falar dos navios que se movem em terra firme. Para mim é uma forma de coreografia de um não coreógrafo.
João Catalão | Fevereiro 2017
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Fotografia Play Bleu